Programa de Retenção de Raparigas visa melhorar o desempenho escolar das alunas das escolas de Moatize

Sob o lema "O lugar dela é na escola", o Vulcan lançou, na primeira quinzena de agosto, o Projeto de Retenção de Raparigas na Escola, que visa apoiar mais de 100 raparigas vulneráveis que frequentam o ensino secundário em Moatize, para que possam concluir os seus estudos.

No âmbito deste projeto apoiado pelo Vulcan, as beneficiárias têm a oportunidade de participar em grupos de estudo na escola, o que permite que as alunas com baixo rendimento escolar recebam explicações. Da mesma forma, as raparigas recebem kits de "gestão da higiene pessoal", palestras educativas, material escolar e bolsas de estudo para as encorajar a completar os seus estudos.

Na ocasião, Angelina Chacala, ponto focal para o Género no sector da Educação em Moatize, disse que este distrito, devido à sua localização e ao facto de ser um corredor, tem muitas raparigas e rapazes vulneráveis, mas com esta iniciativa Vulcan , este número será reduzido.

"A taxa mais elevada é a das raparigas e este programa vai ajudar-nos a equipá-las com os conhecimentos e as ferramentas de que necessitam para evitar casamentos precoces e gravidezes indesejadas, com as palestras que serão dadas sobre saúde sexual e reprodutiva", explicou.

No final, Amós Caliate, Analista de Desenvolvimento Social, explicou as razões que levaram o Vulcan a abraçar esta iniciativa.

"Sabemos que uma das razões pelas quais as raparigas abandonam a escola se deve a questões financeiras e à falta de acesso à informação, pelo que o Vulcan, ciente do seu papel, em parceria com o governo local, vai apoiar as raparigas, dando-lhes o acompanhamento e as condições de que necessitam para completar os seus estudos, disse Caliate e acrescentou: "De facto, a nossa aposta no apoio às raparigas remonta a 2022, quando lançámos o Programa "Ir Mais Longe", que também apoiou a capacitação das raparigas através do empreendedorismo, o que as ajudou a permanecer na escola", concluiu.

A cerimónia contou com a presença de pontos focais do sector da saúde e da educação, tais como diretores de escolas, professores e profissionais de saúde que trabalharão com raparigas e rapazes em grupos de estudo e palestras sobre saúde sexual e reprodutiva.